Operação Asfixia mira comando financeiro do Comando Vermelho na Paraíba
O chefe da facção criminosa Comando Vermelho na Paraíba, alvo de uma operação da Polícia Civil que bloqueou R$ 125 milhões do grupo e prendeu 24 pessoas, é Flávio de Lima Monteiro, mais conhecido como “Fatoka”.
Cinco mandados de prisão estão em aberto contra ele por diversos crimes.
Apesar da operação que aconteceu na manhã desta terça-feira (30), Fatoka está foragido.
A Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) informou que o quadro de inteligência da corporação apontou que o suspeito está escondido na Região do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, que é o berço do Comando Vermelho.
Das prisões, 23 foram presas na Paraíba e uma pessoa presa no Rio de Janeiro.
Desse total, sete foram presos em flagrante e 17 foram alvos dos mandados de prisão preventiva da operação. Os mandados foram nas cidades de João Pessoa, Cabedelo, Santa Rita, Campina Grande, Cabaceiras, Nova Floresta e em comunidades do Rio de Janeiro. 📱 Baixe o app do g1 para ver notícias do PB em tempo real e de graça LEIA TAMBÉM Comando Vermelho utilizava laranjas e empresas de fachada para lavar dinheiro do crime na Paraíba Operação conjunta bloqueia mais de R$ 125 milhões do Comando Vermelho na PB Fatoka fugiu de presídio após explosão na Paraíba Fatoka é chefe de organização criminosa na Paraíba TV Cabo Branco O primeiro registro de Fatoka na prisão foi em 2012.
Naquela ocasião ele foi preso porque era o responsável por comandar uma facção criminosa paraibana, promover rebeliões em presídios e também por ser mandante de diversos homicídios violentos em João Pessoa naquela época.
Ele ficou preso de 2012 até 2018, quando houve uma fuga em massa de presos da Penitenciária de Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes, conhecida como PB1.
Ele foi um dos 92 presos que fugiram em uma rebelião que consistiu na utilização de explosivos para derrubar o portão principal.
Fatoka foi um dos presos que fugiu em explosão no PB1 TV Cabo Branco Meses depois da fuga, Fatoka foi localizado em Alagoas e preso novamente.
A Polícia Federal recebeu uma denúncia anônima de que traficantes estavam se passando por veranistas e estavam escondidos em uma casa de praia no estado.
No entanto, após a prisão, houve o relaxamento do cumprimento da pena por parte da Justiça, isso porque ele foi posto em liberdade para cumprir medidas cautelares, com o uso de tornozeleira eletrônica.
Conforme a Polícia Civil, ele rompeu a tornozeleira e depois fugiu para o Rio de Janeiro.
Chefe do Comando Vermelho também é investigado por interferir em eleições Chefe do Comando Vermelho também é investigado por interferir em eleições TV Cabo Branco Além dos crimes praticados no âmbito de assassinato e tráfico de drogas, Fatoka também é investigado atualmente pela Justiça por ter aliciado violentamento eleitores da cidade de Cabedelo, no Litoral da Paraíba, durante as Eleições de 2024.
O suspeito também é investigado por ter apontado pessoas para ocupar cargos públicos.
Quem comanda essas investigações é a Polícia Federal com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco-PB).
Outro alvo da operação contra a facção foi Flávia Santos Lima Monteiro.
Ela está presa desde novembro de 2024, apontada como funcionária fantasma da Prefeitura de Cabedelo e um “elo” entre a gestão da época e o grupo criminoso que inferferiu nas eleições.
À época, o ex-prefeito Vitor Hugo e o prefeito eleito André Coutinho também foram investigados. A operação contra a facção criminosa na Paraíba Mandados estão sendo cumpridos nas cidades de João Pessoa, Cabedelo, Santa Rita, Campina Grande, Cabaceiras, Nova Floresta e em comunidades do Rio de Janeiro Divulgação/Polícia Civil Para além dos presos na Paraíba e no Rio de Janeiro, assim como o bloqueio de contas no valor de R$ 125 milhões, a operação mobilizou 150 policiais, divididos em 30 equipes, sendo 27 da Polícia Civil e três do GAECO. A operação conta com apoio da Desarme, do Grupo de Operações Especiais (GOE), do Grupo de Operações com Cães (GOC), da Unidade de Inteligência (UNINTELPOL) e o apoio das Superintendências Regionais (1ª e 2ª).
O apoio da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ) completa a força-tarefa. Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba