Operação Asfixia mira grupo criminoso com atuação na PB e no RJ
Uma operação bloqueou mais de R$ 125 milhões do Comando Vermelho nesta terça-feira (30), mas as investigações apontam que o valor movimentado pela organização criminosa foi pelo menos três vezes maior.
De acordo com o delegado Helton Vinagre, um dos responsáveis pela ação, os criminosos utilizavam empresas fantasmas e laranjas para lavar o dinheiro do crime. Durante a operação, 24 pessoas foram presas, sendo 23 na Paraíba e uma no Rio de Janeiro.
Dezessete delas eram alvos de mandados de prisão, seis foram detidas em flagrante após um policial ser baleado durante a ação e uma foi presa em flagrante por tráfico. "A gente conseguiu esse bloqueio de R$ 125 milhões.
Vale salientar que a movimentação foi de cerca de 3 vezes mais.
(Uso de) empresas de fachada, empresas fantasmas, que só existem no papel, laranjas.
Foram várias mulheres presas, sete ou oito mulheres presas.
São pessoas utilizadas muitas vezes, sem antecedentes criminais, mas são utilizadas como laranjas, como interpostas pessoas para lavar dinheiro do crime", afirmou o delegado Helton Vinagre.
Ainda segundo o delegado, a investigação teve um processo de amadurecimento de um ano e meio.
Helton afirmou que as equipes conseguiram identificar e hierarquizar os núcleos, principalmente na cidade de Cabedelo, na Grande João Pessoa.
📱 Baixe o app do g1 para ver notícias do PB em tempo real e de graça O delegado também explicou que Flávio de Lima Monteiro, conhecido como "Fatoka”, é o responsável pelo núcleo gerencial da organização criminosa na Paraíba.
Ele está foragido no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, após ter violado uma tornozeleira eletrônica.
"A gente conseguiu identificar e hierarquizar esses núcleos, principalmente na cidade de Cabedelo.
O núcleo gerencial é comandado por Flávio, que está foragido no complexo do Alemão.
E temos outros dois núcleos, que é o de lavagem (de dinheiro), de Ariadna, que movimentou milhões de reais, ela coordena essas ações de lavagem, com vários soldados, em Cabedelo e Campina Grande.
Outros foragidos fazem parte do núcleo operacional", afirmou Helton Vinagre.
O delegado também explicou que os laranjas utilizados no esquema são, muitas vezes, companheiras de faccionados.
"Para se blindarem de investigação patrimonial, (os membros da facção) cooptavam pessoas, que são laranhas consecientes, eles sabiam dessa situação ilícita e emprestavam suas contas para que esse dinheiro ilícito circulasse", afirmou.
A Operação Asfixia A Polícia Civil da Paraíba e o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), em ação com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, deflagraram uma operação, na manhã desta terça-feira (30), de combate ao poderio financeiro do grupo criminoso Comando Vermelho.
Foram cumpridos 26 mandados de prisão preventiva e 32 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de mais R$ 125 milhões.
Mandados estão sendo cumpridos nas cidades de João Pessoa, Cabedelo, Santa Rita, Campina Grande, Cabaceiras, Nova Floresta e em comunidades do Rio de Janeiro Divulgação/Polícia Civil Os mandados da Operação Asfixia foram cumpridos nas cidades de João Pessoa, Cabedelo, Santa Rita, Campina Grande, Cabaceiras, Nova Floresta e em comunidades do Rio de Janeiro.
O principal alvo da operação é o criminoso Flávio de Lima Monteiro, que está foragido.
Ele é conhecido por “Fatoka”, atual líder da célula do Comando Vermelho na Paraíba. A investigação revela que, mesmo foragido e escondido em uma comunidade dominada pela facção no Rio de Janeiro, Fatoka continua dando ordens para o cometimento de crimes na Paraíba, em especial no município de Cabedelo, onde a célula da facção carioca atua com mais intensidade.
Flávio de Lima Monteiro, conhecido como "Fatoka", estava preso na Paraíba desde 2012, quando foi preso na Operação Esqueleto.
Em 2018, ele fugiu do Presídio de Segurança Máxima da Paraíba, o PB1, quando houve uma fuga em massa de 92 detentos.
Ele foi recapturado na cidade de Japaratinga, em Alagoas em novembro de 2018, e de lá para cá teria fugido novamente. Além de Flávio, outros integrantes da organização criminosa também estão escondidos em comunidades do Rio, para onde fugiram após diversas operações policiais realizadas pela Secretaria da Segurança e da Defesa Social (Sesds).
A análise financeira revelou movimentações atípicas e milionárias, que ultrapassam a casa dos R$ 250 milhões.
O esquema utilizava laranjas, bem como empresas de fachada.
Operação conjunta mira Comando Vermelho na Paraíba Divulgação/Polícia Civil Estão sendo cumpridos 26 mandados de prisão preventiva e 32 mandados de busca e apreensão domiciliar nas cidades de João Pessoa, Cabedelo, Santa Rita, Campina Grande, Cabaceiras, Nova Floresta e em comunidades do Rio de Janeiro.
Na Paraíba, foram mobilizados 150 policiais, divididos em 30 equipes, sendo 27 da Polícia Civil e três do GAECO. A operação conta com apoio da Desarme, do Grupo de Operações Especiais (GOE), do Grupo de Operações com Cães (GOC), da Unidade de Inteligência (UNINTELPOL) e o apoio das Superintendências Regionais (1ª e 2ª).
O apoio da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ) completa a força-tarefa.
Policial baleado Um policial foi baleado durante o cumprimento dos mandados em Cabedelo.
O agente de 23 anos, que não teve a identificação divulgada, foi encaminhado para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoaa.
No final da manhã desta terça-feira (30), ele havia recebido alta.
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