Alerta do Sindiclubes sobre suspensão de venda de bebidas alcoólicas em clubes de SP
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O Sindiclubes de São Paulo, entidade que representa associações e clubes sociais do estado, recomendou nesta semana a suspensão temporária da venda de bebidas destiladas entre seus associados.
Entre os que acataram a orientação estão o Esporte Clube Pinheiros, o Esporte Clube Sírio, o Clube Hebraica e o Clube Athletico Paulistano, o São Paulo, o Palmeiras e o Ipê Clube. A medida é preventiva e ocorre após os casos recentes de intoxicação por metanol em bebidas adulteradas, que resultaram em mortes e internações no estado. Em nota enviada aos dirigentes dos clubes, a entidade afirmou que a decisão visa proteger a saúde dos frequentadores e preservar a integridade dos clubes. “Recomendamos que os clubes suspendam, de forma preventiva e temporária, a venda de destilados, até que haja maior clareza sobre a origem do problema e a definição de medidas seguras para sua resolução”, diz o comunicado. O Sindiclubes destacou que a recomendação busca não apenas reduzir riscos à saúde dos consumidores, mas também resguardar a imagem das instituições. “Essa decisão visa proteger tanto os consumidores quanto a reputação de nossos clubes, demonstrando cuidado e responsabilidade diante de uma questão de tamanha gravidade”, afirmou a diretoria da entidade. A orientação é válida para todos os clubes filiados, mas a adoção da suspensão é de responsabilidade de cada instituição. Infográfico: o impacto do metanol no corpo humano. Arte/g1 Fiscalizações Mais de 800 garrafas de bebidas alcoólicas foram apreendidas durante fiscalizações realizadas na capital paulista entre esta segunda-feira (29) e terça-feira (30) por policiais do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania, informou a Secretaria da Segurança Pública ao g1. As apreensões ocorrem após suspeita de venda de bebidas falsificadas e adulteradas por metanol na capital.
Em São Paulo, já são pelo menos 22 casos de pessoas com intoxicação por metanol, entre suspeitos e confirmados. O governador Tarcísio de Freitas anunciou cinco mortes relacionadas ao consumo de metanol: uma já comprovada por bebida adulterada e outras quatro em apuração. Ainda segundo a Secretaria da Segurança Pública, os produtos foram encaminhados para análise no Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Técnico-Científica, enquanto os responsáveis pelos locais prestaram esclarecimentos na sede do Departamento. Em Mogi das Cruzes, na região metropolitana, a polícia apreendeu 80 garrafas de bebidas alcoólicas diversas com indícios de adulteração e falsificação em uma adega.
Os proprietários do local são investigados. Em Americana, uma ação do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) resultou em duas pessoas detidas e mais de 17,7 mil bebidas apreendidas. Inquéritos abertos Já em relação às investigações, quatro casos suspeitos de possível intoxicação por bebida adulterada com metanol na capital paulista são investigados pela Polícia Civil pelos 16º, 48º, 57º e 78º Distritos Policiais. Na Grande São Paulo e interior, outros quatro casos também são investigados: um registrado na Região Metropolitana, cujo consumo ocorreu em Itu, dois em São Bernardo do Campo e um em Itapecerica da Serra. Interdições Essa é a primeira interdição no âmbito das operações contra a venda de bebidas falsificadas e adulteradas por metanol. Abraão Cruz/TV Globo A Polícia Civil de São Paulo interditou nesta terça-feira (30) o bar Ministrão, na Alameda Lorena, no bairro nobre dos Jardins, na Zona Oeste de São Paulo, em que uma mulher de 43 anos consumiu bebida alcoólica que a deixou cega. Esta foi a primeira interdição no âmbito das operações contra a venda de bebidas falsificadas e adulteradas por metanol na capital.
A operação contou com as vigilâncias sanitárias municipal e estadual, além do Procon e Polícia Civil. O estabelecimento é um lugar de encontro de "happy hours" de pessoas que trabalham na região, além de servir almoços regularmente.
O bar foi interditado por apresentar "risco iminente à saúde pública". Segundo Manoel Bernardes de Lara, diretor do Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo, a interdição foi feita por precaução, já que o Ministrão está diretamente ligado ao caso de uma mulher que ficou cega após ingerir vodca no local. "Se fosse questão de rotulagem, a gente conseguiria verificar, mas para uma precisão do conteúdo precisa passar por uma análise.
Esse estabelecimento, como de outros municípios, está ligado diretamente a casos suspeitos de contaminação por bebidas contaminadas com metanol." O g1 tenta localizar a defesa do bar Ministrão. Depois dele, o bar Torres, na Mooca, na Zona Leste e um estabelecimento em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, foram interditados.
O nome do bar do ABC Paulista não foi divulgado. Na segunda-feira (29), foi realizada uma força-tarefa em bares na capital e Grande São Paulo após a confirmação de mortes e casos suspeitos de intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas.
No Ministrão, os fiscais aprenderam mais de 100 garrafas de bebidas destiladas. G1 em 1 Minuto: Sintomas de intoxicação por metanol