Passageira denuncia importunação sexual em Juiz de Fora
Uma jovem de 23 anos foi vítima de importunação sexual durante uma corrida de moto por aplicativo, na noite de domingo (21), em Juiz de Fora.
Ela seguia para a igreja quando o crime ocorreu. A corrida foi solicitada por volta das 17h40, do Bairro Jardim Esperança, com destino ao Bairro Mariano Procópio. Segundo a vítima, durante o trajeto, o motociclista afirmou que precisava usar o banheiro.
A jovem indicou alguns locais para ele parar, mas o homem alegou que não havia comércios abertos e seguiu até uma estrada de terra cercada por mata.
✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Zona da Mata no WhatsApp Ele teria urinado a poucos metros da passageira e, mesmo com as calças abaixadas e o órgão genital exposto, ainda a chamou.
"Escutei o barulho da urina só no início, e muito pouco.
Depois, ficou aquele silêncio, e ele segurando o órgão.
Foram uns 20 minutos assim.
Em dado momento, eu me virei e vi que ele estava olhando para mim com um olhar maldoso, e ficou me chamando umas quatro vezes.
Foi aí que entendi que ele estava fazendo algo que não era comum", relatou a vítima, que preferiu não ser identificada. Com medo de que o motociclista estivesse armado, a jovem contou que decidiu subir novamente na moto.
Durante o restante do trajeto, ele pediu várias vezes para não ser denunciado, e alegou que tinha família e um emprego a zelar.
Vítima de importunação sexual denuncia motorista por aplicativo Reprodução/TV Integração Ao chegar à igreja, em estado de choque, a jovem desmaiou.
Ela foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), com o auxílio de um dos pastores, que também é sargento da Polícia Militar. Antes de ser levada ao hospital, a vítima identificou o motociclista no aplicativo, que mostrava a placa e as características da moto. O homem foi localizado pela polícia na Praça Jeremias Garcia, no Bairro Benfica, e preso em flagrante por importunação sexual.
Ele estava com a esposa e a filha no momento da abordagem. “De início, fiquei receosa em denunciá-lo, porque ele me pegou na porta da minha casa, né? Mas, lá na igreja, fui conversando e vi que era importante denunciar, até para que ele não faça o mesmo com outras mulheres (...).
Inicialmente, eu não queria por medo, e eu acho que a maioria não denuncia por medo também, mas temos que fazer”, completou a jovem. Em nota, a empresa Uber informou que o motociclista foi banido da plataforma e que considera “inaceitável qualquer tipo de assédio”.
A empresa também afirmou ter oferecido suporte psicológico à vítima, em parceria com o movimento MeToo, e que colabora com as investigações.
Nota Uber “A Uber lamenta o caso e considera inaceitável qualquer tipo de assédio.
O motorista parceiro foi banido da plataforma, sendo oferecido suporte psicológico à vítima, em parceria com o MeToo.
Além disso, a empresa se coloca à disposição das autoridades para colaborar com as investigações, nos termos da lei.
A Uber reforça seu compromisso com a segurança, destacando ferramentas como gravação de áudio e vídeo, botão de emergência e compartilhamento de localização.
Vale destacar ainda que a Uber possui diversas parcerias de enfrentamento à violência de gênero e apoio às mulheres vítimas de violência doméstica com o Ministério das Mulheres do Governo Federal, Conselho Nacional de Justiça, Instituto Maria da Penha, Ministério Público da Bahia e Fórum Brasileiro de Segurança Pública, entre outras.
Desde 2018, mantém um compromisso público de enfrentamento à violência contra a mulher.
A empresa incentiva denúncias e colabora com autoridades nas investigações.
Em colaboração com o Instituto Avon, no início da pandemia de Covid-19, foi criada a Ângela — assistente virtual que auxilia mulheres vítimas de violência doméstica.
Trata-se de um chatbot que pode ser adicionado como um contato conhecido no WhatsApp (11) 94494-2415) e ao qual mulheres em situação de violência podem recorrer para obter orientação e códigos promocionais para viagens gratuitas no aplicativo da Uber para delegacias da mulher e demais equipamentos da rede de apoio à mulher.
Além disso, a Ângela também passou a ser um recurso que orienta pessoas que querem ajudar outras mulheres que estejam passando por uma situação de violência”. VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes